Algumas coisas na vida podem se tornar grandes desafios,
mesmo sendo dom de Deus. Acredito que um dos maiores dons de todo ser humano é
viver a sua sexualidade de maneira equilibrada, isso porque ela está
diretamente ligada a todos os laços relacionais que cada um tem, incluindo
pessoas e coisas, o que faz com que diversos fatores possam influenciá-la.
O prazer sexual é um dom de Deus.
É um presente dado por Ele para nos incentivar no esforço de
viver a dois; porém, o prazer é algo físico, uma reação química, e não tem
nenhuma relação com a realização sexual ou com a felicidade. Algo pode ser
extremamente prazeroso, mas gerar tristeza e decepção pessoal por não ser
compatível com aquilo que acreditamos sobre nós mesmos.
A realização sexual vem quando a pessoa consegue ser livre
para doar-se e para amar de forma madura, visando o bem do outro pelo simples
fato de que se sente chamada a ser assim, independente da resposta do outro.
O prazer é uma linda consequência de um relacionamento
maduro, mas quando ele é buscado como objetivo, acaba deturpando o sentido do
sexo e o transformando num ato egoísta, feito para a saciedade e não por amor.
Assim, ele se torna viciante, e cada vez mais é necessário um estímulo maior
para obter a mesma sensação prazerosa.
A formação do nosso equilíbrio sexual começa já na barriga da
mãe, quando acontece a aceitação ou rejeição do sexo do bebê, e onde a criança
pode desenvolver a rejeição pela sua identidade sexual.
Na primeira infância, nosso inconsciente é bombardeado com
milhões de informações aprendidas no convívio diário com nossos pais e
familiares, sobre o que é ser um homem, uma mulher e como eles interagem entre
si. Essas são lembranças muito profundas (sendo boas ou ruins), que vão
influenciar diretamente na nossa identidade sexual e na forma como nos
relacionamos com os outros.
Quando o vínculo social se amplia e temos contato com outras
pessoas, podem surgir os traumas de rejeição, a descoberta precoce do prazer,
os abusos sexuais e as experiências por curiosidade. Todos os relacionamentos
vividos, bons ou ruins, deixam marcas e registros do que é prazeroso ou não, do
que faz com que as pessoas gostem de nós ou nos rejeitem.
Assim, vai sendo
formada nossa identidade e nossas preferências sexuais. Em cada uma dessas etapas,
marcas de carência podem ser deixadas, as quais vão nos deixar vulneráveis à
entrega aos vícios, usando do prazer para tentar saciar nosso desejo de
realização e aceitação.
Por isso, o primeiro passo para tentar se libertar de um
vício sexual é ter a coragem de reler a própria história em Deus, permitindo
que Ele vá curando cada lembrança, cada carência, cada trauma, deixando que o
amor do Pai lhe faça acreditar que você também pode reaprender a amar de
verdade.
Texto: Roberta Castro é Ginecologista e especialista em
terapia familiar.
Aprenda a Destruir a Ejaculação Precoce. Aumente o seu Desempenho Sexual. Maneira 100% Natural, Apenas com Exercícios. Pedagogia Moderna com Videoaulas Exclusivas.