segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Dúvidas sobre sexo evangélico

Dúvidas sobre sexo evangélico

Sexo evangélico: Saiba mais sobre sex shop, fetiche,frequência sexual,sexo na menstruação,etc
EDIÇÃO 86-REVISTA ENFOQUE.
http://www.revistaenfoque.com.br/

O que um casal cristão deve ou não fazer

Dúvidas sobre sexo

Por Virgínia Rodrigues


Faça sol ou faça chuva, no frio ou no calor, com cansaço ou relaxado, não importa. O apetite sexual do brasileiro não encontra barreiras para se satisfazer. As pesquisas sinalizam, a mídia incrementa, os produtos estimulam. E o casal que busca viver dentro de princípios cristãos, com fidelidade conjugal e ética moral nem sempre consegue administrar desejos e possibilidades. Afinal, a própria Bíblia está cheia de orientações sobre comportamento afetivo e sexual entre casais. O apóstolo Paulo enfatizou que homem e mulher devem sempre manter um acordo sobre suas relações sexuais a fim de evitar tentações (1 Cor 7:5). Diante de tantas pressões, o escritor do maior número de cartas do Novo Testamento sintetizou muito bem: “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas me convém. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por elas” (1 Cor 6:12). Assim sendo, o que seria lícito ou não para um casal cristão nos momentos de intimidade?


Existe alguma recomendação específica sobre regras e práticas do que deve ocorrer entre marido e mulher dentro de quatro paredes?
O que mais tem afligido os casais na hora da relação sexual? E por mais que o homem ou mulher brasileiros se mostrem despojados de pudores ou questionamentos, sempre há aqueles que querem esclarecer e discutir suas opiniões. Casais crentes, sejam mais liberados ou não quanto à sua performance com o parceiro, também necessitam de mais esclarecimento. Com o índice de separações cada vez maior em famílias evangélicas, não se pode desconsiderar que, muitas vezes, problemas no sexo são o estopim para um divórcio.

A freqüência do ato sexual é uma dessas questões sempre debatidas. Alguns reclamam de excesso, outros de falta de sexo no casamento. Saber reconhecer o limite do cônjuge na hora de determinar a freqüência nas relações sexuais é fundamental. É claro que a atração e vontade de fazer amor com a pessoa amada é saudável, desde que o desejo de um não se torne o tormento do outro. Mas como saber se o número de relações de um casal está além da conta? De acordo com especialistas, essa resposta é variável e deve ser dada pelo próprio casal. O excesso ocorre quando a freqüência ultrapassa uma média dentro do casamento, isto é, a quantidade de vezes com a qual os dois estavam acostumados começa a aumentar, ou quando supera a vontade do outro.


O médico Ademir Pacelli Ferreira, professor do Instituto de Psicologia da Uerj, explica que a expressão “excesso de sexo” não é um conceito psicopatológico. “É um termo que parte de uma norma, aparecendo como queixa de um”, afirmou. Ele diz que é difícil haver equilíbrio no apetite sexual, pois sempre haverá um mais estimulado que o outro. É a convivência e o perceber-se um ao outro que define quem vai ceder e o que vai ceder a fim de que o casal encontre um caminho comum. Identificar a raiz do comportamento é uma tarefa de marido e mulher. E se chegar a um acordo for complicado, procurar ajuda externa é a orientação.


O recém-casado Pedro Vieira, 25 anos, está sentindo na pele os efeitos do seu desejo. Casado há apenas oito meses, ele admite que sua esposa de 20 anos tem se queixado do seu apetite, sinalizado diariamente. “Por mim, eu manteria relações com minha esposa todos os dias, mas ela reclama”, reconheceu. O conflito tem algumas razões que já começam a aparecer. A primeira é a formação. Ela é evangélica de berço, e ele está freqüentando a igreja. Ambos têm, portanto, valores diferentes. Diante da negativa, ele diz que insiste e, quando não vê alternativa, vai dormir chateado. “Fico chateado só na hora, mas procuro entender. Depois passa. Às vezes, minha esposa também fica brava”, emendou. Apesar do desentendimento, garante que o casamento não foi abalado.

Tradicionalmente, o maior desejo vem do homem. E, diante da situação, a reação da mulher vai depender de sua orientação nas diferentes áreas do comportamento: sexualidade e espiritualidade, por exemplo.

Martha Gonçalves enfrentou o mesmo desafio da esposa de Pedro Vieira. Ela conta que os 15 anos de casamento não afetaram em quase nada o comportamento do marido, que a procura a cada dois dias, e, dependendo da semana, o convite pode ser diário. “Ele teve formação diferente da minha, converteu-se depois. Então, procurei entendê-lo, assim como ele também procurou me entender. Fiquei um pouco assustada no início, porque não esperava que fosse tão freqüente, mas vi que era uma necessidade dele. Como eu tinha saúde, fomos nos moldando”, lembrou Martha, que afirma que foram poucas as vezes que negou sexo. “Quando isso acontece, ele entende. Pensava também que, se ele não satisfizesse seu desejo comigo, poderia procurar fora de casa.” E de acordo com Pacelli Ferreira, há homens que justificam o adultério pela resistência da mulher.


PERSPECTIVA FEMININA


Sob a perspectiva feminina, a médica Esther Ribeiro explica que se a excitação for natural, não traz qualquer tipo de problema para o corpo da mulher. “Se a mulher for muito amada, ela não tem limite”, atestou. Para a especialista, que é ginecologista, terapeuta familiar e pastora, o único período em que a mulher deve evitar manter relações é o menstrual, quando o sangue é um elemento que facilita infecções e o colo do útero está muito aberto, possibilitando a subida de bactérias. Como terapeuta familiar, Esther diz que prejudicial não é o excesso em si, mas como a mulher (ou o homem) está desfrutando da relação. “Estamos vivendo em um mundo onde o que importa é o ‘meu’ prazer e não o ‘nosso’ prazer. Os casais não conversam, não namoram. Quando isso acontece, o prazer é um prazer egoísta, o que gera relacionamento anômalo”, alertou.

Outro ponto pouco discutido e que poderia ser mais explorado é o “mapa erógeno”. Muitos casais ainda precisam conhecer e saber desfrutar das zonas erógenas do seu corpo e do cônjuge para que a sexualidade no casamento seja mais prazerosa. Para dar e receber prazer, o casal deve explorar este “mapa” existente no corpo do seu esposo ou de sua esposa. Mas o que é zona erógena? São partes do corpo especialmente sensíveis às carícias, porque têm muitas terminações nervosas. Quando a pessoa está receptiva, a estimulação dessas áreas provoca sensações fortes, que desencadeiam reações sexuais. A pele, em si, é praticamente uma zona erógena em potencial, mas certas partes do corpo têm reações mais fortes, como lábios, pescoço, lóbulo da orelha, nuca, peitos, pés, dentre outras.


ZONAS ERÓGENAS
MULHERES
Frente: orelhas, boca, palmas das mãos, mamilos, barriga, parte interna da coxa, dedos dos pés
Ponto especial: clitóris
Costas: nuca, bumbum

HOMENS
Frente: olhos, cantos da boca, pescoço, dedos dos pés, mamilos, barriga, virilha, pés, glande (cabeça do pênis)
Costas: bumbum


FOCO SENSÍVEL


Os pontos erógenos mais sensíveis são diferentes para cada pessoa e provocam reações diversas à estimulação. A melhor forma para descobrir o próprio “mapa erógeno” e o do cônjuge é a exploração mútua. O modo como as carícias são feitas também provoca reações diferentes. É justamente a exploração sexual que o pastor Gilson Bifano orienta aos casais para melhorar a vida sexual. Partindo da teoria para a prática, ele recomenda um exercício chamado “foco sensível”: os cônjuges acariciam suavemente todo o corpo um do outro, sem intenção de penetração. Segundo Bifano, que é fundador do Ministério de Família Oikos, o objetivo é fazer o outro conhecer a sensibilidade de seu próprio corpo. “Pode usar uma pena ou pluma ou a mão de maneira suave”, ensinou.

O pastor alerta para o fato de que os casais, especialmente cristãos, devem aprender que o ato sexual não se reduz apenas ao binômio pênis–vagina. “Quando um casal restringe o ato sexual a isso, a relação, com certeza, se empobrece. Devemosmostrar a maridos e esposas crentes que a sensualidade, quando usada para atrair o cônjuge, não é pecado e é até recomendável”, ressaltou ele.

A psicoterapeuta e especialista em sexualidade Carmen Lúcia Otero Janssen diz que durante o ato sexual as pessoas precisam parar de se preocupar com o desempenho e priorizar a exploração das sensações dos cinco sentidos (tato, olfato, audição, visão e paladar). “A pessoa fica muito preocupada em mostrar habilidade e impressionar o parceiro. Ou seja: ‘Vou arrasar na cama.’ Em vez disso, deve sentir o toque e doarse mais para o outro e entrar em contato com a afetividade”, destacou ela, que já escreveu o livro “Massagem sensual para casais enamorados”. A publicação ensina os casais a usarem a massagem como veículo para o desenvolvimento da sexualidade amorosa.

Carmem Lúcia Janssen frisa que hoje a sexualidade está muito banalizada e muito rápida. “As preliminares são importantes tanto para homens quanto para mulheres. O ato sexual, para o homem, é muito genitalizado, e ele não percebe que perde com isso. Ao demorar nas preliminares (zonas erógenas), os parceiros ganham mais qualidade na vida sexual”, explicou ela, que é pós-graduanda em Sexualidade Humana pelo Instituto Brasileiro Interdisciplinar de Sexologia e Medicina Psicossomática de São Paulo (Isexp).

O fato é que quando o casal apresenta problemas na cama, o relacionamento pessoal também sofre conseqüências. Um exemplo disso é a contabilista L.S. “Sentia muita dor na relação sexual e por conta disso passei a evitar o meu marido”, disse. Assim, o casal
começou a brigar. A solução foi procurar ajuda de um psicólogo cristão. “Durante a terapia, aprendi a importância de me doar, e a psicóloga ensinou que devemos demorar nas preliminares. Melhorou bastante, e reduzimos as nossas brigas”, garantiu. Gilson Bifano afirma ainda que a comunicação – antes, durante e depois da relação sexual – é importante. “Os cônjuges devem perguntar onde o outro gosta e não gosta de ser tocado, o que causa maior e menor prazer.”


FETICHE


E o fetiche? Como pode interferir na vida sexual do casal? Será um desvio, um comportamento anormal ou até pecaminoso? Fetichismo, na psicanálise, significa “desvio do interesse sexual para algumas partes do corpo do parceiro, para alguma função fisiológica ou para peças do vestuário, adorno” (“Dicionário Houaiss”).

O termo começou a ser usado com essa conotação a partir dos estudos de Freud, pois, originalmente, a palavra vem de “feitiço” e designava um objeto a que se prestava algum tipo de culto, ou possuidor de poderes mágicos. O psiquiatra Albert Zeitouni, baseado na
teoria freudiana, esclarece que “a criança, ao perceber que a mãe não possui um pênis, recusa-se a aceitar essa realidade porque acredita que o seu órgão masculino também poderá ser perdido, então cria um substituto para o pênis da mãe, que é o fetiche”. Segundo ele, o fetiche se estabelece como um estímulo sexual durante a infância, e quando o homem torna-se adulto não o abandona em troca da pessoa total, pois o fetichista acredita que precisa daquele objeto ou parte do corpo feminino para conseguir a ereção.

Os tipos de fetiches mais comuns são os relacionados às partes do corpo da mulher, como pés, unhas, mãos, além dos objetos femininos, como meias, sapatos de salto alto, “lingeries”. Na prática sadomasoquista – aquela que envolve a dominação de um dos parceiros – são utilizadas roupas e objetos de couro, além de chicotes. A psicóloga Márcia Bittar Nehemy, especialista em Sexualidade, realiza terapia de apoio e diz que a psicologia considera que todas as pessoas são fetichistas em algum grau, mas muitos não conseguem obter prazer sexual sem o seu fetiche.

O evangelista da Assembléia de Deus João Luiz Paim da Silva, estudioso do assunto, garante: “O fetiche moderno, que muitos julgam inofensivo, é uma porta aberta para o diabo”. Como exemplo, cita o fetiche por pés e pergunta: “Como será se o homem que gosta de pés encontrar e desejar outro pé, que não o da esposa, pela rua, e começar a segui-lo? Certamente, logo virá o adultério.” Pastor da Igreja Batista Nacional, Disney Macedo acredita que os fetiches que não desrespeitam a relação do casal podem fazer parte da vida íntima dos cristãos. Isso se houver um acordo entre eles, sem, no entanto, incluir o sadomasoquismo. Nessa perspectiva, o homem tem de ter domínio próprio e, por isso, pode utilizar um fetiche, mas nunca ser dominado por ele.

Quando atinge níveis patológicos, causando constrangimentos, o fetiche é visto como um problema. Outras vezes, pode “apimentar” a relação entre o casal, embora muitos cristãos considerem qualquer coisa ligada à sexualidade como pecado e não como algo prazeroso. A sociedade explora cada vez mais o fetichismo, mas o que acontecerá se as pessoas não amarem mais umas às outras em sua totalidade, pela sua beleza física, mental, intelectual e caráter, mas, sim, desejando apenas uma de suas partes ou um de seus objetos de uso pessoal? Esse questionamento é feito por Maria Andrade, 40 anos, que teve um marido fetichista. “Ele não me via como mulher. Eu era apenas um pé e, para agradá-lo, acabei ficando obsessiva em cuidar dessa parte do meu corpo.” Hoje, garante que minimizou bastante o problema, mas precisou passar por tratamento com um sexólogo.

Muitas pessoas usam, de fato, a criatividade para “apimentar” a relação a dois, com a inclusão de carícias, “lingeries” sensuais, mudança de posições, etc. Até mesmo os casais evangélicos são estimulados, em muitas denominações, a ousarem no sentido de dar prazer ao parceiro e demonstrar o carinho e o amor que um tem pelo outro. Assim, marido e mulher são legitimamente motivados a erotizar a relação, isto é, investir em novidades. Vale um jantar romântico, uma viagem a dois. Até aqui não há muita polêmica, mas existem algumas práticas que geram discussão dentro da Igreja, como, por exemplo, o sexo anal: casais evangélicos podem usufruir dessa alternativa? Como é vista a prática do sexo anal por alguns pastores, psicólogos e casais evangélicos?


EXEMPLOS DE FETICHES

No cinema: “A Insustentável Leveza do Ser”, Philip Kaufman, em que o personagme pede a suas parceiras que usem um chapéu durante o ato sexual.
Na literatura: “O livro de cabecira” (1996), de Peter Greenaway, mostra uma modelo que mantém o hábito de pedir a calígrafos que escrevam livros em seu corpo.
Na música: Madonna explora o sadomasoquismo, com seus chicotinhos, botas e lençóis de seda.

CARDÁPIO DA ARTE SEXUAL


Não há consenso na resposta, já que especialistas na área de saúde e pastores têm opiniões divergentes sobre o assunto. Muitos condenam a prática e são categóricos em afirmar que sexo anal é pecado, principalmente porque a sociedade está saturada de sexo pervertido, onde o ser humano busca a satisfação própria e não a do outro. Há psicólogos e médicos que dizem que o sexo anal é uma alternativa sexual que – se tomados os devidos cuidados de higiene durante o ato sexual – não traz problemas de saúde. Esse grupo também ressalta que a decisão de incluir ou não o sexo anal no “cardápio da arte sexual” do casal deve ser uma decisão de ambos.

O médico ginecologista e membro da Igreja Batista Sérgio Macedo explicou que o desejo de praticar o sexo anal tem uma explicação psicológica: essa manifestação sexual está presente nas relações heterossexuais porque os homens, buscando uma variação sexual com suas parceiras, fantasiam a penetração anal como uma grande realização de conquista, sem falar de um certo sentimento de domínio e poder. As mulheres, em sua maioria, têm na fantasia sexual o desejo anal mais como uma tentativa de satisfazer os impulsos
sexuais do parceiro, agregando a essa experiência a possibilidade de demonstrar a entrega total, isto é, o quanto estão envolvidas na relação.

Evangélica há oito anos, a comerciante M.P. diz que sexo anal faz parte da sua rotina sexual há muito tempo. Ela o considera legítimo porque tal prática é feita com seu marido. “Não me sinto culpada. Nós dois gostamos e nos sentimos à vontade para, de vez em quando, inovar a nossa relação sexual”, revelou.

A inclusão da prática na vida do casal, segundo o médico e pastor da Igreja Maranata do Rio de Janeiro, Paulo César Brito, mostra que a sociedade está se corrompendo a cada dia. Para ele, os evangélicos têm na Bíblia um padrão de ética que tem de ser respeitado. “Não dá para deixar entrar na Igreja esses conceitos sociais e culturais que vão contra a Palavra”, esclareceu.

De acordo com Brito, a adoção de sexo anal entre casais evangélicos é pecado porque vai contra a natureza determinada por Deus: sexo entre um homem e uma mulher, cujo órgão principal é a vagina. “Esse orifício [o ânus] foi feito para eliminar fezes. A Bíblia diz que os sodomitas não entrarão no Reino dos Céus. O que é sodomita? Quem faz sexo anal”, definiu ele, baseando-se no texto de Romanos, capítulo 1. Ele acha que os casais evangélicos que fazem tal prática revelam desconhecimento bíblico. “Ou não querem ver a verdade porque não lhes interessa. Procuram variantes que justificam as suas práticas.”


Para o médico e pastor da Igreja Maranata do Rio de Janeiro, Paulo César Brito, não dá para deixar entrar na Igreja esses conceitos sociais e culturais que vão contra a Palavra O pastor Marcelo de Andrade e Silva endossa as palavras do seu colega, mas é mais comedido em relação ao texto bíblico que proíba literalmente o sexo anal. “Não temos um texto claro na Bíblia que seja contra a prática de sexo anal entre um homem e uma mulher. Porém o sexo anal constitui uma violência ao organismo porque Deus criou cada órgão no corpo humano com uma função. No caso do ânus, ele foi feito exclusivamente para defecar”, pontuou Andrade e Silva. Para o pastor, há outras formas de se obter prazer sexual. “O sexo é um manjar deixado por Deus para que possamos usufruí-lo.”

Para o casal E. e R., não há problema em seguir a orientação pastoral porque desde o curso de noivos, dado na Escola Dominical, os dois aprenderam que o sexo anal é contra a vontade de Deus. “Nunca sentimos qualquer curiosidade ou desejo de experimentar. Porém, para não cair no tédio, praticamos sem ‘neuras’ o sexo oral”, disse ela, que está casada há sete anos. Os dois pastores alertam ainda para o fato de o ânus não ter sido feito para o sexo – a prática pode provocar fissuras, infecção urinária, além de dor –, pois o órgão não tem lubrificação natural como a vagina.

O material contido na ampola retal, que é a última parte do intestino e que desemboca no ânus, é cheio de bactérias, cuja presença é normal no local, mas nas vias urinárias pode levar ao aparecimento de lesões e infecções, às vezes, graves. Além disso, é uma relação mais traumática, provocando freqüentemente escoriações por onde podem entrar microorganismos, atingindo a corrente sangüínea e causando diversas doenças.

O ginecologista Sérgio Macedo afirma que, fisiologicamente, não existe qualquer contra-indicação para a prática do sexo anal. “No entanto, lembro que não é um órgão com a mesma elasticidade da vagina. O sexo anal praticado com os cuidados necessários não causa nenhum dano, nem de alargamento do ânus, nem de perda do controle do esfíncter (músculo da região anal)”, garantiu ele. Para resolver a falta de lubrificação, o médico aconselha o uso de géis à base de água encontrados em qualquer drogaria. Ele diz que a prática do sexo anal requer alguns cuidados, como o consentimento espontâneo de ambos, a necessidade do intestino estar limpo, e o homem deve ter o cuidado de urinar após a relação. E lembra ainda que o sexo anal não pode ser feito antes do vaginal por causa do
risco de transmissão de doenças.

Ele assegura que a relação anal não pode substituir a vaginal, principalmente porque a falta de prazer naquele tipo de relação é muito usual. “A maioria das mulheres não tem orgasmo no sexo anal. O órgão erógeno da mulher é o clitóris”, ressaltou. Em relação à religião, para Sérgio Macedo, o casal deve ter bastante discernimento espiritual. “Se não há culpa, e o casal, de vez em quando, achar que o sexo anal pode ser algo diferente na rotina do dia-a-dia, não vejo problemas”, ressaltou.

Marcelo de Andrade e Silva acredita que as mulheres muitas vezes acabam cedendo aos maridos por medo de que estes busquem experiências extraconjugais.

“A mulher deve ser veemente nos seus princípios. A fidelidade é mais um traço de caráter do que de falta de atendimento de um desejo. O casal pode usufruir um com o outro, sem cair no desvio moral que é a busca pelo prazer a qualquer preço”, alertou. Segundo ele, se em algum momento a relação visa à obtenção narcisista e individualista exclusiva do próprio prazer, foge aos princípios determinados por Deus.


CHEIRO

No jogo da sedução, os sentidos desmpenham papel importante. Mas é o olfato o que mais instiga a curiosidade e aguça a imaginação da espécie humana. Tanto que há uma discussão sobre o poder do feromônio (substância química exalada pela fêmea para atrair o macho) e o enigma de sua existência e função na espécie humana.
Entretanto, a dúvida permanente, Os cientistas, porém, não discutem a existência do feromônio em mariposas, elefantes asiáticos e camundongos, que exercem um papel tão fundamental quanto surpeendente no acasalamento, Feromônio vem das palavras gregas “phero” - que significa “transportar” - e hormônio, combinadas.
Para a psicoterapeuta Carmem Lúcia Janssen, o sucesso das relações amorosas está muito mais ligado ao resgate da auto-estima, à predisposição em se abrir ao outro e à percepção que a pessoa tem de si mesma do que aos feromônios ou de qualquer outra espécie de afrodisíaco. “A auto-estima é a base de tudo. Para eu ser atraente, preciso me sentir atraente”, atestou. “Não há nada de errado em usarmos oso odores como ferramentas de sedução. Mas se quisermos aumentar nosso poder de sedução, precisamos trabalhar duro no resgate de nossa auto-estima.”


SEXSHOPS


E quanto às lojas especializadas em produtos eróticos que atraem pessoas em busca de mais prazer, as intrigantes “sexshops”?

A visita a esses estabelecimentos costuma ser vista como natural pela maior parte das pessoas, mas, para os evangélicos, a atitude pode ser um ponto de conflito. Sais de banho e óleos afrodisíacos, vibradores, cintas de couro masculinas e femininas, massageadores, elementos de sadomasoquismo e fantasias, alongadores penianos, próteses, roupas íntimas comestíveis para homem e mulheres, géis, pomadas, “lingeries” e toda sorte de produtos estimulantes para uma relação sexual são encontrados em “sexshops”, que já têm suas versões na internet e até por catálogo de porta em porta, estilo Avon. Com preços que estão longe de serem prazerosos, elas aguçam a curiosidade de muitos. É o caso de Paula Moura (nome fictício). Ela e o marido são evangélicos e não vêem qualquer tipo de problema em freqüentar uma dessas lojas. “Não gosto de produtos de sadomasoquismo ou fantasias, mas há coisas interessantes”, admitiu. Na opinião do psicólog e pastor batista Silas de Freitas, a curiosidade pode ser o início de um hábito. “A curiosidade pode levar o indivíduo a ceder à vontade de experimentar artifícios que não podem melhorar o relacionamento”, disse. Para ele, é o ajustamento na relação conjugal que torna o sexo mais prazeroso. “Eu tenho mais de 30 anos de casado, e meu envolvimento é tão bom quanto antes. Talvez melhor”, acrescentou. Ele crê que, quando tudo está ajustado, o casal cria mecanismos excitantes.

Para a bispa metodista Marisa Coutinho, a criatividade faz parte do relacionamento. “Não vejo problemas no uso de óleos de massagem, por exemplo. Mas entendo que a questão não é se o casal evangélico deve ir à “sexshop” ou não. Mas por que razão quer ir”, argumentou. Ela entende que se a motivação for suprir uma carência que o casal esteja enfrentando, talvez as novidades possam até atrapalhar.

Silas de Freitas ainda diz que o ato sexual por si mesmo não satisfaz mais, precisa de novidades, de elementos inusitados para valer-se. Tudo isso também tem muito a ver com o tipo de vida imediatista que as pessoas têm levado. Em vez de investir no relacionamento dia após dia e aprender sobre o outro, sobre o que lhe dá prazer, o indivíduo prefere alternativas que lhe permitam pular essas etapas.


LUGAR CERTO, NA HORA CERTA


Nessa perspectiva de recriar momentos de prazer a dois, o lugar certo para fazer amor também é questionado. É pecado o casal casado e evangélico ir ao motel? O assunto gera discussões diversas. Para alguns, o ambiente é considerado casa de prostituição e carregado de maus espíritos.
Outros, no entanto, não vêem problema algum. Aproveitam as datas especiais, como aniversário de casamento, para sair da rotina e “aquecer” a relação. A palavra “motel” surgiu nos Estados Unidos, no início da década de 1930, como hotéis de beira de estrada para descanso de viajantes e caminhoneiros e das palavras “Motor Hotels” surgiu “motel”. Eram pequenos espaços que englobavam algumas vantagens como lugar para o carro, água, lenha, casas de banho, chuveiros, lavanderia e preços baixos. Qualquer pequena comunidade oferecia um serviço desses.


Com relação ao motel, o pastor da Assempléia de Deus, Silas Malafaia, lembra a questão do escandâlo, pois tudo é lícito, mas nem tudo convém.No Brasil, a idéia apareceu no final da década de 60 com uma conotação romântica explícita nas fachadas, além dos espaços e decoração dos interiores. O pastor Edson Alves não chega ao radicalismo de tachar o motel como ambiente maligno ou local de pecado, mas aconselha que, numa data especial, os casais evangélicos procurem um hotel. Ele acha que o motel não é um local apropriado devido à rotatividade. Mas por ser mais barato, a freqüência é bem maior. “Eu questiono a higiene desses locais”, observou ele. E é a alta rotatividade que faz com que muitos evangélicos considerem o motel um lugar “sujo”. Para esse problema, Doraci e Martinho Santos, da Assembléia de Deus, casados há 28 anos, têm uma solução. Apesar de ainda não terem experimentado momentos a dois num motel, eles não vêem problema algum. A única preocupação seria com a questão da higiene, e Doraci revela que levaria de casa suas roupas de cama e banho, sem problema. O casal sempre procura comemorar as datas especiais em lugares onde possam ficar a sós.

Em determinados momentos, a privacidade é fundamental, e, além da economia, o motel proporciona essa possibilidade de ficarem sozinhos por algumas horas. Líder do Ministério Lar Cristão, o pastor Jaime Kemp aponta alguns motivos para aconselhar um cristão a não ir ao motel. Primeiramente, para nunca colocar dúvidas sobre a integridade do casal. Ele acha também que não se deve sustentar moral e financeiramente uma instituição que está contra a família. “O motel, infelizmente, é um princípio de infidelidade.” Outro
motivo é a tentação. De acordo com o pastor, se o casal cristão está no motel e se vê tentado a assistir filmes onde outros casais mantêm relações sexuais, isso pode ser prejudicial para o casamento.

A polêmica divide mesmo opiniões. Alguns pastores afirmam não ter base bíblica para condenar um casal que queira ter seus momentos de prazer num motel. Pastor da Assembléia de Deus, Silas Malafaia chama a atenção, porém, para a questão do escândalo.

Ele lembra que tudo é lícito, mas nem tudo convém. “Ter relações sexuais com minha mulher não é pecado em lugar nenhum”, justificou. Silas Malafaia pensa que o casal deve tomar alguns cuidados, mas que, em momento algum, pode considerar que o ato de ir ao motel é pecado. O casal Waldivia e Francisco Cavalcante, da Igreja Batista Manancial, concorda com o pastor, mas lembra que não se deve escandalizar os outros. “Eu não ficaria escandalizada se visse um casal de irmãos em Cristo entrando ou saindo de um motel,
porém não acho conveniente”, considerou ela. E o autor do livro “Macho e fêmea os criou”, Carlos “Catito” Grzylowski, argumenta que, para a grande maioria dos casais, o motel tornou-se sinônimo de um local privativo em que se pode ir no anonimato e com uma pessoa que talvez nunca mais torne a encontrar. Isto é, consumir algo e descartar em seguida é a essência do modelo capitalista neoliberal trazida para o evento mais íntimo das relações humanas.


Para o pastor Jaime Kemp, se o casal cristão está no motel e se vê tentado a assistir filmes onde outros casais mantêm relações sexuais, isso pode ser prejudicial para o casamento Existem, porém, aqueles que procuram o motel por outros motivos. Os que desejam desfrutar de certas “comodidades” que não possuem em casa a um custo relativamente baixo, como banheiras de hidromassagem, saunas individuais, às vezes, até uma piscina ou um teto solar para observar as estrelas da cama. Para Grzylowski, esses casais crêem que tais detalhes podem incrementar a vida sexual e o romantismo.

Ele ressalta que muitos líderes de igrejas estão “coando o mosquito e engolindo o camelo”, isto é, estabelecendo regras e normas sobre locais e formas da relação sexual e esquecendo o mais profundo: a motivação que leva os casais ao ato sexual. “Para mim, um casal que tenha uma relação sexual em casa, no quarto, a portas fechadas e na posição mais convencional possível, porém sem ternura, buscando só o orgasmo e até, às vezes, forçando o cônjuge a uma relação num momento indesejável, esse já quebrou o princípio básico de amar ao próximo, mandamento máximo do Evangelho (Mateus 22:39), colocado por Jesus em pé de igualdade ao amor a Deus”, destacou.

Quanto à questão da maldição do local, o psicólogo é enfático: “Quem traz bênção ou maldição para os lugares são as pessoas que os freqüentam com suas intenções. Se eu creio que o Espírito Santo habita em mim, então em todo local que eu for ele estará presente e só esse fato já tornará o local abençoado pela presença do Espírito Santo em e através de mim”, assegurou. A sexóloga Sandra Lucena revela que muitos casais nunca fizeram sexo em outro local que não seja a própria cama ou tentaram posições e toques diferentes, temendo pecar. “São casais marcados pelo silêncio, pela falta de diálogo e cuidado com o outro”, garantiu. Segundo ela, com essas situações, existem leitos maculados em lares cristãos que parecem não conhecer a graça, o perdão, o cuidado e o amor de Deus.

Ela diz que a medida do sexo saudável, e isso inclui as fantasias sexuais, está na visão que se tem de Deus, da intimidade com ele, no compromisso e conhecimento da sua vontade. “Somente os que buscam um caráter cristão encontram respostas e paz nas questões sexuais”, definiu a sexóloga.

A vida conjugal continua sendo motivo de muitas discussões, debates e dúvidas. E deverá continuar assim, já que a relação sexual de um casal é algo que se aperfeiçoa dia-a-dia. O êxito está intimamente ligado à capacidade de se expor e de dialogar, em amor. Trocas e carinhos ajudam no conhecimento um do outro, permitindo o encontro de soluções e caminhos para uma sexualidade sadia.



NÚMEROS DO PRAZER
Fonte: Instituto Paulista de Sexualidade

. 35% das mulheres sentem desejo, têm capacidade de se excitar, mas não atingem o orgasmo.
. 25% das mulheres não sentem desejo.
. 35,5% das mulheres têm outros problemas sexuais: aversão sexual, dores na penetração, vaginismo, impulso sexual excessivo, homossexualidade não-resolvida.
. 50% das mulheres que chegam ao orgasmo se excitam com a penetração. A outra metade se excita apenas se houver estimulação do clitóris.




Campanha:Diga Não a erotização de crianças.Não alimente a pedofilia e não induza ao pecado.Não publique fotos de crianças nuas,com roupas intimas ou de banho.

04 MOTIVOS PARA O SEXO ILÍCITO.

04 MOTIVOS PARA O SEXO ILÍCITO.
Extrato do Livro "No altar da idolatria sexual"
livro disponibilizado no site

Salomão nos dá quatro causas para o sexo ilícito:

1. O PROIBIDO

A mulher louca é alvoroçadora; é néscia e não sabe coisa alguma. E assenta-se à porta da sua casa ou numa cadeira, nas alturas da cidade, para chamar os que passam e seguem direito o seu caminho. Quem é simples, volte-se para aqui. E aos faltos de entendimento diz: As águas roubadas são doces, e o pão comido às ocultas é suave. Mas não sabem que ali estão os mortos, que os seus convidados estão nas profundezas do inferno. Provérbios 9.13-18

Nesta passagem da Bíblia, Salomão nos dá uma ilustração exce¬lente da primeira causa: o proibido. Ele nos mostra uma prostituta sentada à porta para atrair os homens que de nada desconfiam. Salomão nos diz que os simples serão pegos em sua armadilha. A palavra hebréia usada aqui para simples é peti. De acordo com estudiosos:
A idéia básica do verbo é estar aberto, espaçoso, escancarado, e poderia relacionar-se ao imaturo ou simples que está aberto a todos os tipos de tentação, não tendo desenvolvido uma capaci¬dade de julgamento arguta sobre o que é certo ou errado.

Isso descreve com precisão o modo como eu era antes. Eu estava sempre aberto para tentar novas experiências, não importando os perigos ou as conseqüências possíveis envolvidas. Se fosse proibido, melhor ainda.
Uma das características mais fascinantes do sexo ilícito é sua natureza proibida. Aparentemente, quanto mais proibida, mais fascinante tende a ser. É por isso que um homem cristão casado, viciado em sexo, sente a necessidade de estar com outras mulheres. Ele não deveria. 

É "proibido". Assim, para o cristão que se sente pressionado a viver uma vida íntegra e está lutando constantemente para resistir às exigências de sua carne, pode ser opressivamente irresistível por causa disso. Desejar o que é proibido faz parte da natureza caída do homem. Tente deixar uma criança de quatro anos sozinha em um quarto com uma caixa que foi dito para ela não abrir!

O Livro de Gênesis conta sobre Eva sendo tentada a comer do fruto da árvore proibida por Deus. Aparentemente, porque era proibido, era mais desejável. Assim é o caso com o sexo, quanto mais proibido, mais desejado. Esta é uma das coisas que excita o homem. Se ele sabe, sem dúvida, que pode ter uma mulher, é apenas uma excitação normal. 

No entanto, se uma determinada mulher o provoca, e depois finge que não está interessada em ir com ele para a cama, ele fica extremamente excitado. A mera questão de ela sair ou não com ele é o suficiente para mantê-lo enfeitiçado. Muitas pessoas não buscam "o proibido" por causa da moral, das leis governamentais ou das leis divinas. De outro modo, as pessoas seriam incapazes de se conter. Novamente, tudo isso é por causa da natureza caída do homem. Esta motivação influencia especialmente os estupradores, pedófilos (molestadores de crianças), aqueles que tomam liberdades indecentes e voyeurs.

O estuprador, embora motivado por um espírito de poder e, geralmente, de raiva, deseja o que é ilícito. Ele vê uma mulher andando na rua, e a idéia de dominá-la, forçando-a a fazer o que ele quer, excita-o imensamente. Ela não lhe deu consentimento para desfrutar sua beleza. Ao contrário, é para o homem que ela escolher. O desejo de tomar o que é ilícito é uma força motriz, poderosa em sua vida. De outro modo, ele simplesmente pagaria uma prostituta para deixá-lo dominá-la. 

Como isso reduz a excitação, ele prefere tomar violenta¬mente o que não lhe pertence.
Ray era um estuprador convicto. Ele admitiu que havia estu¬prado várias mulheres antes de ser pego. A satisfação de tomar "posse" das mulheres, ainda que por pouco tempo, motivava-o. Nenhuma daquelas mulheres era tão deslumbrante de forma que ele tinha de possuí-la, nem ele era tão sexualmente estimulado de forma que tinha que realmente fazer sexo com uma mulher. Em vez disso, era o estímulo intensificado que ele experimentava quando ponderava a idéia de dominar uma mulher e tomar posse de seu corpo. Simplesmente queria desfrutar o que era estritamente proibido para ele.

Os motivos do pedófilo são ligeiramente diferentes do estuprador. Ele também busca o que é proibido, mas não é o ato de dominar outro que o excita. De fato, ele quase sempre tenta ganhar o que quer convencendo, seduzindo ou subornando suas vítimas. Não está interessado em lutar pelo que quer; almeja vítimas dispostas. Seu motivo é ter o que há de mais proibido em nossa sociedade: uma criança. Ele não pára para examinar seus sentimentos, nem toma tempo para descobrir a razão de ser sexualmente atraído por uma criança, sabe somente que ele é assim. Mas por quê? Por que o corpo de uma garota jovem o excita mais do que o de uma mulher perfeitamente desenvolvida? Porque é proibido. Quanto mais nova a criança, mais proibido o ato. Essa é a força que impulsiona o pedófilo.

O outro tipo de viciado, escravizado pelo que é proibido, é o homem que gosta de tomar liberdades indecentes com as mulheres, especialmente em lugares lotados. Ele propositadamente se coloca em lugares apertados com mulheres. Pode ser em um ônibus lotado ou em pé em uma fila. Ele programa cuidadosamente sua chegada para coincidir com a de uma mulher de sua escolha. Se ele tiver sorte, o ônibus dará uma virada brusca e ele "acidentalmente" esbarrará nela. 

Ele pode até ser imprudente o suficiente para posicionar sua mão de forma a tocar alguma parte do corpo dela.
E, por fim, quem mais obviamente procura o que é proibido é o voyeur. Ele passará horas vagueando pela vizinhança, procurando pela janela perfeita para espiar, esperando conseguir uma "visão". Apenas o vislumbre de um corpo nu compensa sua espera.
Vamos tomar Bob como exemplo. Ele saía dirigindo à noite, procurando janelas potenciais. O que o excitava mais era poder ver alguém em suas atividades normais. A expectativa de ver alguém se despindo ou tendo relações sexuais o manteria postado na janela. Por que não ir simplesmente a um show de strip-tease? Bob também se sentia hipnotizado pelo proibido.

2. SATISFAÇÃO DO EGO

Vara te guardarem da má mulher e das lisonjas da língua estranha. Não cobices no teu coração a sua formosura, nem te prendas com os seus olhos. Porque por causa de uma mulher prostituta se chega a pedir um bocado de pão; e a adúltera anda à caça de preciosa vida. Tomará alguém fogo no seu seio, sem que as suas vestes se queimem? Ou andará alguém sobre as brasas, sem que se queimem os seus pés? Provérbios 6.24-28

O segundo fator motivador, associado ao sexo ilícito, é a satisfação pessoal. A atenção de uma mulher bonita pode despertar rapidamente os interesses de qualquer homem. As mulheres são também geralmente vulneráveis a essa tentação. O homem que visita prostitutas está geralmente ludibriado por essa tática do diabo. Ele não considera o fato de que a prostituta só está encenando em troca de seu dinheiro. Ele sabe disso subconscientemente, mas não se importa. Ele quer ser notado. Gosta de se sentir necessário. Deseja sentir-se um homem verdadeiro. 

Desse modo, ela ajuda a massagear seu ego, fazendo-o sentir-se bem e viril ao mesmo tempo — por uma pequena quantia, é claro. Embora seja somente uma encenação, ele ainda está disposto a pagar, simplesmente por causa do modo como ela o faz sentir-se.
Para esse viciado sexual, a prostituta reforça seu pensamento grandioso de "ser alguém especial que as pessoas simplesmente não entendem". 

Na realidade, bem no fundo, ele se sente inferior e compensa esse sentimento fingindo ser mais do que é. As palavras lisonjeiras de uma prostituta temporariamente confortam seu ego frágil. Sente-se melhor a seu respeito por algum tempo, mas dura pouco, porque não muda os sentimentos profundos de inferiori¬dade que tem sobre de si mesmo. Para um homem que julga que não merece amor, um encontro com uma prostituta de fala suave é como um "escape" para aumentar sua auto-estima.
O tipo "Don Juan" em algum lugar do seu passado começou a acreditar erroneamente que seduzir mulheres o faria sentir-se melhor consigo mesmo. Ele imagina que "conquistar" uma mulher convencerá os outros de como desejável ele deve ser. Lembro-me de várias vezes acordar na manhã seguinte com uma nova mulher e sentir como se eu estivesse no topo do mundo. O ato sexual real pode ter sido somente medíocre, mas eu tinha conseguido possuir seu corpo com meu charme. 

O caçador de mulheres sente que realizou algo significativo, isto é, um ponto a mais.
A mulher em pecado sexual compulsivo pode praticar sua rotina por um motivo ligeiramente diferente. Ela, como a conquistadora, inicia seu comportamento para reforçar seu senso de valor pró¬prio. A diferença é que ela também tenta satisfazer a necessidade de se sentir amada. Ela pode ou não experimentar prazer no sexo.

 O que é mais importante para ela é ter uma experiência que a faça sentir-se desejada como mulher. Um caso desses é o de Martha, que se via repetidamente na cama com homens. Ela havia sido estuprada e tinha sofrido abuso na infância, e acabou vendo-se suja e desmerecedora do amor verdadeiro. Ela sentia que seu único valor como ser humano era satisfazer os homens; então, era o que ela fazia. No íntimo, ela estava tentando ganhar auto-aceitação, satisfazendo os homens. Se ela os fizesse apreciá-la, sentir-se-ia melhor consigo mesma de alguma maneira.

Embora os caçadores de mulheres e os "clientes" de prostíbulo sejam vítimas primárias do narcisismo, existem outros que tam¬bém se tornam vítimas. Em seu pensamento confuso, o estuprador, o molestador de criança ou o exibicionista alcançarão a satisfação do ego de sua atividade quando imaginam suas vítimas gostando da experiência. Os filmes pornográficos que mostram mulheres sendo estupradas e que começam gradualmente a gostar do ato podem reforçar ou levar alguns homens a justificar o comporta¬mento pervertido. Eles presumem que suas vítimas responderão da mesma maneira: resistindo inicialmente, mas, no fim, gostando do que está sendo feito com elas.

Existe ainda mais uma pessoa que é seduzida pelo inimigo a acreditar nessa mentira da satisfação do ego. Essa pessoa não é nem mesmo um viciado sexual, pode ter um relacionamento aparentemente maravilhoso com Deus e não perceber que está passando por esse problema. Refiro-me à moça comum que se tornou "viciada" na armadilha de ser notada pelos homens. 

As mulheres hoje estão sob uma pressão tremenda de nossa sociedade (por meio da mídia e dos anunciantes) para parecerem sedutoras, sensuais e atraentes para os homens. Elas competem entre si para parecer que estão na moda e atrair os olhares dos homens. O que é especialmente uma vergonha é que essa competitividade corre desenfreada dentro da igreja.

 Às vezes, é chocante ver o que as mulheres cristãs vestem. Infelizmente, elas permitiram que o mundo prejudicasse ou até mesmo subs¬tituísse a própria moralidade por causa do desejo enorme de ganhar a atenção dos homens. O sexo ilícito e a atenção do sexo oposto .nunca atenderam e nunca atenderão às necessidades primárias das pessoas. Somente ao aceitar a si mesmo como Deus nos aceita é que a pessoa experimentará verdadeiramente um senso de valor próprio. Isso vem na medida em que aprendemos a amar a Deus e aos outros. Frank Worthen escreve:
A imagem que temos de nós mesmos é de importância vital para o processo de mudança. Ela é, contudo, entrelaçada com a imagem que temos de Deus e dos outros. Até que tenhamos um relacionamento pessoal com Deus, amando-O e confiando nEle, não conseguiremos jamais nos relacionar bem com os outros. Não teremos amor ver¬dadeiro para compartilhar. Somente quando amarmos a Deus e compartilharmos Seu amor é que poderemos sentir-nos bem conosco. De certo modo, nossa auto-imagem é o resultado de um processo filtrante.2

3. RECOMPENSANDO-SE.

Disse eu no meu coração: Ora, vem, eu te provarei com a alegria; portanto, goza o prazer; mas eis que também isso era vaidade. Amontoei também para mim prata, e ouro, e jóias de reis e das províncias; provi-me de cantores, e de cantoras, e das delicias dos filhos dos homens, e de instrumentos de música de toda sorte. E engrandeci-me e aumentei mais do que todos os que houve antes de mim, em Jerusalém; perseverou também comigo a minha sabedoria. E tudo quanto desejaram os meus olhos não lhos neguei, nem privei o meu coração de alegria alguma; mas o meu coração se alegrou por todo o meu trabalho, e esta foi a minha porção de todo o meu trabalho. E olhei eu para todas as obras que fizeram as minhas mãos, como também para o trabalho que eu, trabalhando, tinha feito; e eis que tudo era vaidade e aflição de espírito e que proveito nenhum havia debaixo do sol. Eclesiastes 2.1, 8-11

A terceira causa para a atividade sexual ilícita é recompensar-se. Existem vários motivos que levam o viciado a tomar a decisão de voltar-se para seu pecado. Um fator contribuinte é o sentimento de justificação decorrente do viciado dizer a si mesmo que ele merece divertir-se um pouco. Para a pessoa que consegue uma satisfação temporária por meio do comportamento compulsivo, é fácil usar essa desculpa como uma recompensa. No passado, minha esposa costumava justificar sua luta com os gastos com¬pulsivos. 

Ela dizia a si mesma que havia trabalhado duro a semana inteira e merecia presentear-se com um vestido novo. "Afinal de contas, por que estou trabalhando se não posso desfrutar do dinheiro?", ela se perguntava (o que ela não considerava eram as faturas do cartão de crédito e a dívida que ela realmente possuía por causa desses presentes para ela. Simplesmente descartava isso como "apenas uma outra conta".)

Vamos examinar Salomão, que fez muitas coisas grandes e maravilhosas no reino que herdou. Foi Deus quem abençoou Israel durante aquele tempo, mas Salomão administrou eficaz¬mente seus negócios. Davi fez de Israel uma nação poderosa, mas Salomão levou a nação à proeminência. Ele não somente a levou a uma posição de grandeza econômica, mas também construiu o templo do Senhor. Depois que olhou para os seus grandes feitos, convenceu-se de que merecia uma recompensa. 

Seu primeiro erro foi considerar mérito seu o trabalho de Deus. Em vez de ser grato ao Senhor por todas as coisas maravilhosas que Ele havia feito, Salomão considerou mérito seu aquelas bênçãos. Ele desonrou Deus, roubando a glória que pertencia somente ao Senhor. Depois, começou a desejar as mulheres estrangeiras que viviam em Israel. Ele nutriu "idéias fúteis" e adentrou no mundo da idealização. Como permitiu que suas fantasias tomassem o controle de sua mente, as trevas entraram em seu coração. 

Conseqüentemente, recompensou-se tomando centenas de esposas estrangeiras e concubinas, o que era contra os preceitos de Deus. Ele sabia que isso era errado, mas se justifi¬cou em sua mente, dizendo que ele as merecia. Como resultado, Salomão experimentou a espiral da degradação descrita no capítulo anterior.
Ninguém merece o pecado. O pecado não é algo a ser merecido ou desejado, mas é algo que se deve evitar a todo custo. Deus abençoa a obediência e dá ricamente recompensas conforme a Sua vontade. Na verdade, Ele tem muito prazer em recompensar Seus filhos quando eles Lhe obedecem. Buscar a própria recompensa, especialmente para satisfazer sua lascívia pecaminosa, só acumu¬lará problemas para si mesmo.

4. VARIEDADE

Filho meu, atende à minha sabedoria; à minha razão inclina o teu ouvido; para que conserves os meus avisos, e os teus lábios guardem o conhecimento. Porque os lábios da mulher estranha destilam favos de mel, e o seu paladar é mais macio do que o azeite; mas o seu fim é amargoso como o absinto, agudo como a espada de dois fios. Os seus pés descem à morte; os seus passos firmam-se no inferno. E por que, filho meu, andarias atraído pela estranha e abraçarias o seio da estrangeira? Provérbios 5.1-5, 20

A quarta causa para a atividade sexual ilícita é a variedade. Salomão compara os lábios da mulher estranha com mel e azeite. Por que ele descreve assim a beleza de uma mulher estranha? Provavelmente porque ela é diferente. Deus instilou em nós uma atração natural pelo sexo oposto, mas podemos maculá-la por nosso pecado. A vida de Salomão nos conta dessa causa:

E o rei Salomão amou muitas mulheres estranhas, e isso além da filha de Faraó, moabitas, amonitas, edomitas, sidônias e hetéias, das nações de que o SENHOR tinha dito aos filhos de Israel: Não entrareis a elas, e elas não entrarão a vós; de outra maneira, perverterão o vosso coração para seguirdes os seus deuses. A estas se uniu Salomão com amor. E tinha setecentas mulheres, princesas, e trezentas concubinas; e suas mulheres lhe perverteram o coração. 1 Reis 11.1-3

O desejo de uma pessoa pela variedade manifesta-se geral¬mente por meio de um comportamento obsessivo. A pessoa nunca se satisfaz, conforme provado pelos excessos da vida de Salomão. Lembro-me de, certa vez, ter passado a noite inteira com duas mulheres e, menos de 15 minutos depois de deixá-las na manhã seguinte, avistei uma prostituta pela qual eu era atraído e contratei seus serviços — eu não tinha ficado satisfeito o suficiente. 

Uma pessoa viciada na variedade jamais ficará satisfeita. Cada filme pornográfico só será excitante até ter sido "capturado" ou de alguma maneira experimentado, tornando-se depois obsoleto. Esses mesmos sentimentos podem ser atribuídos ao "Don Juan" que quer conquistar mulheres. Cada uma será usada até ele terminar com ela, e então ele procurará novas aventuras.

A variedade é provavelmente a maior mentira que Satanás dá à atividade ilícita. Quando eu estava na minha vida de pecado, ficava obcecado pela idéia de um certo tipo de mulher, uma loira, por exemplo.

 Depois de seduzir uma e tê-la experimentado o suficiente para estar "satisfeito", eu me encontrava hipnoti¬zado com o pensamento de um tipo diferente de mulher, talvez uma morena alta. Depois de seduzir uma morena, eu voltava a pensar em loiras, ou ruivas ou quem quer que fosse. Eu continuava a ser enganado, acreditando que, se eu pudesse ter um tipo particular de mulher, eu me satisfaria. Na realidade, nunca estava satisfeito, nem nunca estaria. A variedade é indubitavelmente a razão primária para a maioria do comportamento sexual ilícito. O mundo promove a variedade como o tempero da vida. Eu digo que essa é uma mentira vazia de Satanás.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Ministerio_de_CURA



Quebre a rotina chata do sexo cristão.


Um dos problemas comuns enfrentados pelos casais cristãos é que existe uma falta de mudança, surpresa e variedade quando se trata de sexo. 
Os casais tendem a ficar com algumas posições e técnicas comuns, recuando longe outras variações. 
Quando o sexo se torna muito rotineiro, a paixão de amor pode ser perdido. Uma das razões que os casais cristãos evitam variações de posição e técnica é porque eles pensam que essas posições e técnicas são pecaminosas. 
No entanto, isso não é inteiramente verdade. Existem toneladas de outras posições e técnicas que são permitidas dentro do cristianismo a prática de sexo – você só precisa saber o que são.

Ajustamento sexual à luz da Bíblia


Por que há tantos casais infelizes sexualmente no casamento? Na lista de prioridades do relacionamento conjugal, que lugar o sexo ocupa? A insatisfação sexual é um indicador sensível de que o plano de Deus para o casamento está desalinhado. A solução para este problema pode começar a partir da compreensão do que é o sexo, sob a perspectiva divina.



Um dos propósitos de Deus para com o sexo é despertar e satisfazer no homem e na mulher, a fome de intimidade. Sexo não é apenas um incidente no casamento. Embora não tenha sido criado para ser o cerne da intimidade, o sexo é a música do matrimônio. Pode parecer um pouco estranho para muitos, mas a verdade é que Deus espera que nós O procuremos e O conheçamos na intimidade sexual com o nosso cônjuge. Intimidade e deleite espiritual não são opostos à intimidade sexual; na verdade, a intimidade espiritual se encontra em meio ao deleite relacional e carnal da união. É por isso que o escritor aos Hebreus escreveu que o “ato sexual – o coito” é digno de honra tanto quanto o matrimônio (Hb 13.4).



Você já parou para pensar na reação de Adão quando despertou do seu sono e viu ao seu lado a mulher preparada pelo Criador para completá-lo? O elevado grau de prazer de Adão, está explicitado na sua declaração: “Então disse o homem: Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne; ela será chamada “varoa”, porquan-to do varão foi tomada. Portanto, deixará o homem a seu pai e sua mãe, e unir-se-á à sua mulher, e serão uma só carne” (Gn 2.23-24). Que declaração de amor intenso! Quando Adão contempla Eva pela primeira vez, irrompe num cântico. Não consegue conter sua alegria, e compõe um hino erótico. Não foi o diabo quem criou o sexo, a sexualidade e o erotismo. O erotismo é criação alegre de Deus, seu prazer em deleitar o coração erógeno de suas criaturas. Com muita beleza escreveu o poeta: “Seja bendita a sua fonte! Alegre-se com a esposa da sua juventude. Gazela amorosa, corça graciosa; que os seios de sua esposa sempre o fartem de prazer, e sempre o embriaguem os carinhos dela” (Pv 5.18,19 BNVI). Os casais precisam saber que o segredo para alcançar a plenitude do prazer no ato conjugal é compreendendo a sexualidade como uma importante janela para o coração de Deus.



Descobrindo as causas do desajuste sexual



A Bíblia diz: “Goza a vida com a mulher que amas, todos os dias…” (Ec 9.9ª), “Beba das águas da sua cisterna, das águas que brotam do seu próprio poço” (Pv 5.15 BNVI). O sexo é tão importante para a manutenção do casamento, quanto a água para a preservação da vida, eis a razão porque o texto diz “bebe das águas da sua cisterna”. No trabalho de aconselhamento de casais, é comum eu ouvir de algumas mulheres: “Se o meu marido não precisasse de sexo, eu passaria muito bem sem”. Essa maneira de pensar revela alguma disfunção sexual que precisa ser tratada, porque o normal é gostar e sentir falta da prática do ato sexual no casamento. Muitas vezes, a causa do problema, não está na mulher e sim no homem. Quando o casal descobre a causa da disfunção ou do desajuste sexual, há mais facilidade na na busca pela solução.



A alma farta pisa favos de mel



“A alma farta pisa o favo de mel, mas para a alma faminta todo amargo é doce” (Pv 27.7). Nenhuma outra causa tem levado homens e mulheres ao adultério, como a insatisfação sexual crônica. A Bíblia é muito clara quando diz que uma “alma satisfeita ou farta” despreza o favo de mel, ou seja, quando o marido e a esposa saem de casa com as necessidades da alma, inclusive sexual, satisfeitas, fica bem mais fácil resistir todas as possíveis tentações do maligno. Quando o homem e a mulher são infelizes sexualmente no casamento, os dois tornam-se presas fáceis do diabo. Paulo, o apóstolo, quando escreveu sua carta-resposta para a igreja que estava em Corinto, tratou deste assunto com muita preocupação, dizendo: “Mas, por causa da prostituição, cada um tenha a sua própria mulher, e cada uma tenha o seu próprio marido” (1 Co 7.2). Ele também deixou claro que não basta ter uma mulher ou ela um homem, é necessário que os dois sejam felizes sexualmente, por isso ele insiste: “O marido pague à mulher a devida benevolência, e da mesma sorte a mulher ao marido. A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no o marido; e também da mesma maneira o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no a mulher” (1 Co 7.3,4).



A dúvida de muitos casais é: “Como praticar o ato sexual de forma que alcancemos a plenitude do prazer, segundo Deus planejou? Como satisfazer a alma?”. A realização sexual no contexto do casamento depende do conhecimento de alguns pontos básicos sobre as diferenças afetivo-sexuais entre homem e mulher. Vejamos algumas delas: 1) O homem é tendente ao amor estético, e a mulher é tendente ao amor ético; 2) O homem é tendente ao amor quantitativo (instintivo, passageiro), e a mulher é tendente ao amor qualitativo (afetivo e que dura); 3) O homem é tendente a querer primeiro o corpo dela, e depois a pessoa dela e a mulher é tendente a querer primeiro a pessoa dele e depois o corpo dele; 4) O homem é estimulado sexualmente pela visão (erotismo visual, Ct. 7:1-9), e a mulher é estimulada pelo que ouve e pelo toque (erotismo sentimental e abrangente); 5) Para o homem o ato sexual é um prazer corporal, somático, físico e localizado, e para a mulher o ato sexual é um prazer emotivo, em todo o seu corpo, partindo dos órgãos da cópula; 6) O homem precisa de sexo para se manter vivo no casamento, e a mulher precisa de carinho, companheirismo, segurança, estabilidade e sexo; 7) No homem, o sexo é descontínuo e centralizado, na mulher, o sexo é contínuo e descentralizado.



O que o sexo significa para o casal? Para o homem e a mulher, o ato conjugal satisfaz o instinto sexual, aumenta o amor um pelo outro, reduz as tensões no lar e proporciona a mais íntima experiência da vida conjugal.



Conselhos práticos que podem ajudar os casais que buscam ajustamento



1. Nunca seja egoísta, pense na realização do cônjuge (1 Co 7.2-5).



2. Elimine os complexos através da oração e da compreensão.



3. Lembre-se, o cansaço pode ser a causa do fracasso.



4. Desenvolva uma comunicação franca nesta área.



5. Procure não praticar o ato com a tensão de um problema.



6. Reserve tempo para o exercício do ato.



7. A privacidade do casal é de fundamental importância.



8. O asseio é uma necessidade de todos.



9. A preocupação com uma possível gravidez pode ser a causa da baixa qualidade da relação sexual.



10. Nunca se esqueça que o homem se excita pelo que vê, já a mulher, mais pelo que ouve.



11. Nunca tenha o sexo como obrigação, o ato conjugal deve ser espontâneo.



12. Cuidado com a contaminação do leito, que deve ser sem mácula.



13. Cuidado com as relações “pornográficas” (Rm 1.26,27).



Lembre-se, o sexo é a música do matrimônio, quanto mais os músicos tocarem, mais habilidosos vão ficando. Meu conselho final é que os casais não devem parar de tocar a música da sexualidade no casamento, porque enquanto houver música, haverá alegria e vida conjugal plena.



“O Sexo não é tudo, mas a infelicidade sexual pode gerar um mau humor crônico que afetará todas as áreas da vida do casal”.



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